por Girlane Florindo*
“Mulher é desdobrável. Eu sou.”
Já dissera Adélia Prado. E disso me aproprio.
Poeta: Será que sou?
Quisera ser, eu…
Nos caminhos, descaminhos
Inteira estou… florindo
Em meio aos espinhos.
No cair das folhas,
No soprar do vento forte,
Ou do escaldante sol, caminho…
Se em reta linha
Ou na virada brusca,
Caminho. Ainda sim, estou florindo.
Se tropeço, logo me ergo.
Afinal, amo e sou amada.
“Mulher é desdobrável”.
Assim, eu vou.
*Girlane Maria Ferreira Florindo é docente no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília – IFB, especialista em Literatura Infantil e Juvenil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, e em Educação na área da deficiência visual pelo Instituto Benjamin Constant, mestre em Letras pela PUC-Rio e doutoranda em Linguística (UnB).